30 de jul. de 2013

Além da vida...

O aperto no peito é do tamanho das interrogações. Nas lembranças, o olhar marcante dos teus castanhos, a maciez da tua pele e os sussurros das palavras apaixonantes. Teu cheiro, toque, beijo, carinho... amor , achava eu, que ia além da vida.

Douglas Ferreira dos Santos

13 de jul. de 2013

Caminho

Sou caminheiro e caminhando eu vou
o caminho que percorro é fruto das minhas escolhas.
Pela trilha encontro pedras, que dificulta o andar,
causa dor e até me faz pensar.
As pedras são rochas firmes. O sangue escorrendo das sandálias
é amostra da persistência, da clareza e da proximidade do sonho concreto, sonho real.

No meu trilhar, carrego flores.
são bonitas, cheirosas e vivas.
Que eu seja sempre flor... que mesmo morrendo eu possa embelezar a vida...

Nunca me esqueço de levar meus lápis.
Lápis coloridos, para colorir meus sonhos.

No coração trago saberes...
Como disse o saudoso Paulo Freire:
“Não há saberes mais ou saber menos. Há saberes diferentes”.
Meus saberes, teus saberes que se tornam nossos saberes a partir da experiência com o verdadeiro.

Ainda no coração trago a paixão.
Paixão pela vida, pelo novo, pelo povo e pela educação.

As minhas escolhas são realizadas a cada passo,
a cada experiência, a cada vivência, a cada oportunidade.
Entre as minhas escolhas está o sal.
Sim, carrego sal na minha bolsa. Todos os momentos têm que ter gosto.

Levo comigo o desejo de mudança
de aprender a repensar, rever e reescrever a minha própria história.
Tenho o desejo da libertação
e que o oprimido envolva o opressor com sensibilidade e utopia.
A mesma utopia de Eduardo Galeano
que é alimento e motivação
pra que eu continue caminhando.

Quero que sejam os meus pés como dos dançarinos
que nos compassos mostrem a beleza de dançar.
Quero que minha boca proclame as teimosias que insisto ter,
que ela profetize a sabedoria e alegria de viver.
Quero que meu coração transborde de felicidade
a cada passado aprendido pelo irmão meu.
Quero que meus olhos passem segurança
e que partilhe o que meu íntimo guarda.
Quero um mundo melhor
por isso a cada dia caminho para construí-lo,
construí-lo de forma popular.

Douglas Ferreira dos Santos 

Escrevi este poema pensando em todos os sujeitos (educadores/as, educandos/as, coordenadores/as, colaboradores/as, amigos/as...) que conheço e não conheço mas estão comprometidos com a educação popular no contexto do Programa de Auxilio ao Ingresso nos Ensinos Técnico e Superior da Universidade Federal do Rio Grande (PAIETS/FURG).