Texto original
Juventudes
ousadas
Estamos vivendo um cenário específico da
pós-modernidade, no qual os atrativos para o público juvenil, como encontros religiosos
de massas, reality shows, mídias, sucessos repentinos, redes sociais etc., acabam
limitando as juventudes (no plural por compreender que não há somente um perfil
de jovens estabelecido) de serem agentes transformador da realidade. Em
contraponto, há uma pequena parcela que ainda se dispõe de tempo, sendo no
dia-a-dia, em cada ato, um(a) revolucionário(a) tornando-se sujeito engajado
politicamente nos mais diversos seguimentos da sociedade civil, construindo um
‘outro mundo possível’.
A estes jovens comprometidos com as
causas populares, que nas últimas décadas vem se destacando, mostrando
determinação e atingindo resultados positivos em suas bandeiras de lutas de
modo especial, parabenizo pelo Dia Nacional da Juventude. Hoje, dia dos (as)
jovens brasileiros, instituído há mais de duas décadas, é dia de celebração da
vida e das conquistas dos direitos juvenis, e também é um dia propício para realizarmos
uma profunda reflexão:
No Brasil, segundo o ministério da saúde,
mais da metade dos homicídios (53%) atingem a juventude, sendo 75% negros,
conforme o artigo da secretária nacional de juventude, Severine Macedo. É preciso
caminhar rumo a outra civilização, onde as juventudes tenham mais acesso a educação,
cultura, lazer, saúde, e menos violência e desemprego, mas pra isso é preciso
de protagonistas comprometidos com a vida.
E aí? Tchê! Vai ficar parado olhando a
vida passar? Vamos juntos transformar a nossa realidade? Seja protagonista, não
faça dos discursos bonitos (vendidos pelos diversos seguimentos desta sociedade
capitalista) um motivo para se perder por aí. Faça de sua práxis (discurso +
prática) exemplo de mudança e esperança.
Douglas Ferreira dos Santos
Graduando do curso de história da
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
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