23 de nov. de 2013

A punheta é a inspiração do poeta.

Douglas Ferreira dos Santos

15 de nov. de 2013

Alma que clama :/

A alma sofre calada, chora a cada por do sol, sente saudades.
Não entende o último adeus, a última conversa fria e racional.
A alma clama pelo teu amor, pelo teu beijo, pelo teu cheiro.
Não consegue esquecer as palavras e o desejo da felicidade.
A alma quer o calor que aquecia a dor da distância e as noites frias.
Não repousa em paz, o que foi vivido não foi em vão.
A alma está perdida, sem rumo, sem animo.
Não encontra o caminho a ser trilhado, está desorientada.
A alma está se indo, como um último suspiro da vida que se vai.
Não quer desprender-se, é mais do que paixão. É amor!
A alma percorre as noites escuras procurando por ti.
Não tem encontrado nada mais além do aperto.
A alma grita, é sentimento preso.
A alma clama, clama por amor, clama por você...

30 de jul. de 2013

Além da vida...

O aperto no peito é do tamanho das interrogações. Nas lembranças, o olhar marcante dos teus castanhos, a maciez da tua pele e os sussurros das palavras apaixonantes. Teu cheiro, toque, beijo, carinho... amor , achava eu, que ia além da vida.

Douglas Ferreira dos Santos

13 de jul. de 2013

Caminho

Sou caminheiro e caminhando eu vou
o caminho que percorro é fruto das minhas escolhas.
Pela trilha encontro pedras, que dificulta o andar,
causa dor e até me faz pensar.
As pedras são rochas firmes. O sangue escorrendo das sandálias
é amostra da persistência, da clareza e da proximidade do sonho concreto, sonho real.

No meu trilhar, carrego flores.
são bonitas, cheirosas e vivas.
Que eu seja sempre flor... que mesmo morrendo eu possa embelezar a vida...

Nunca me esqueço de levar meus lápis.
Lápis coloridos, para colorir meus sonhos.

No coração trago saberes...
Como disse o saudoso Paulo Freire:
“Não há saberes mais ou saber menos. Há saberes diferentes”.
Meus saberes, teus saberes que se tornam nossos saberes a partir da experiência com o verdadeiro.

Ainda no coração trago a paixão.
Paixão pela vida, pelo novo, pelo povo e pela educação.

As minhas escolhas são realizadas a cada passo,
a cada experiência, a cada vivência, a cada oportunidade.
Entre as minhas escolhas está o sal.
Sim, carrego sal na minha bolsa. Todos os momentos têm que ter gosto.

Levo comigo o desejo de mudança
de aprender a repensar, rever e reescrever a minha própria história.
Tenho o desejo da libertação
e que o oprimido envolva o opressor com sensibilidade e utopia.
A mesma utopia de Eduardo Galeano
que é alimento e motivação
pra que eu continue caminhando.

Quero que sejam os meus pés como dos dançarinos
que nos compassos mostrem a beleza de dançar.
Quero que minha boca proclame as teimosias que insisto ter,
que ela profetize a sabedoria e alegria de viver.
Quero que meu coração transborde de felicidade
a cada passado aprendido pelo irmão meu.
Quero que meus olhos passem segurança
e que partilhe o que meu íntimo guarda.
Quero um mundo melhor
por isso a cada dia caminho para construí-lo,
construí-lo de forma popular.

Douglas Ferreira dos Santos 

Escrevi este poema pensando em todos os sujeitos (educadores/as, educandos/as, coordenadores/as, colaboradores/as, amigos/as...) que conheço e não conheço mas estão comprometidos com a educação popular no contexto do Programa de Auxilio ao Ingresso nos Ensinos Técnico e Superior da Universidade Federal do Rio Grande (PAIETS/FURG).


13 de jun. de 2013

Puta

A arte
em alguns espaços
é igual prostituta.
Quem pagar mais leva. 

Douglas Ferreira dos Santos

10 de jun. de 2013

Na hora certa acontece

Mesmo que pressionem
seja menino ou menina
a liberdade e/ou a doutrina
em todos os espaços predomina.
O beijo, abraço, o toque
o cheiro, sexo, punheta, o boquete.
Expressão do prazer
acompanhada pela camisinha
camisão, camisetão
desnudo, sem vergonha, promiscuo
menino putão.
Menina pura, desejada.
Menino puro, transviada.
Vó malvada, evangélica
maltratada que não se masturbava
recebia repressão, por isso não gozava.
Escola pequena, vitrines de gozo
igreja vazia, cenário de horror.
Meninos com meninos
Meninas com meninas
Meninas com meninos
Sinais de amor!
Que gozemos a vida
punhetiamos de alegria
vida sofrida, com regras e sem cor.
Nosso parto seja sensato,
com dor e alegria
que nosso dia a dia
não seja incolor.
Que nossos atos sejam óvulos e sêmen
que ao fecundar a terra
tragam vida nova.
Irei transar, mas tenho medo da dor
não sei o que me espera, o que antecede
mas sei que na hora certa acontece.  



Douglas Ferreira dos Santos

5 de jun. de 2013

foda-se

foda-se o mundo eu quero você.
bom, se tu não me querer quem vai se foder não vai ser o mundo


Douglas Ferreira dos Santos

26 de mai. de 2013

ismo do capital

Eu tinha um carro. Vendi o carro e comprei uma moto.
Eu tinha uma moto. Vendi a moto e comprei uma bicicleta.
Eu tinha uma bicicleta. Vendi a bicicleta e comprei um par de sapato.
Eu tinha um par de sapato. Meu sapato furou!

Douglas Ferreira dos Santos

21 de mai. de 2013

sonho da esperança

Para o sonhador a esperança é 
uma companheira que caminha lado a lado!

Douglas Ferreira dos Santos

22 de abr. de 2013

"livro pra comida, prato pra educação"


Eu sei, talvez seja mais uma postagem inútil. Ou não, pois você está aqui lendo.  Em tempos de reflexões sobre a redução da maioridade penal não me saí da cabeça que o grande causador de todos os males é a busca pela felicidade. Vou explicar! Sabemos que as drogas causam sensações e alucinações que podem ser interpretadas como o caminho para a felicidade. Normalmente não se entra no mundo das drogas sozinho, sempre há aquele que apresenta essa “felicidade” momentânea em momento de grandes tristezas (ou não).
Ao embarcar nessa vida perigosa de usuário de drogas, o sujeito está assinando “um contrato” com outros problemas sociais. Aqueles que fazem parte da elite terão condições de sustentar seus vícios e estes se tornaram os auto-suficientes e modelos, pois estarão livres de qualquer julgamento e repressão, pois o Estado ainda leva em consideração a condição financeira.
Já aquele sujeito, de classe pobre, que não tem acesso a educação, laser, cultura e encontra nas drogas uma maneira de socializar com os “amigos” a vida que enfrenta vai manter seu vício como? Muitas vezes partindo para o crime.
Eu sei, há diversos fatores e não é porque o sujeito é pobre que seja regra para entrar nesse mundo. Há muitos “bons” pobres que não experimentam essas coisas.
Mas então, a drogadição (essa palavra que meu Word insiste em dizer que está errada, mas eu ouvi em alguém lugar) não será uma busca pela felicidade? Qual felicidade? Aí está  o X da questão e onde justifica o título dessa postagem, música do Paralamas do Sucesso se não me engano .
Acredito que a felicidade deva ser ensinada (lembre-se o saber cientifico primeiro foi um saber empírico) nos espaços familiares e escolares e não na mídia. Esta última mostrará uma ‘felicidade’ difícil de ser atingida e levará (generalizando) o sujeito a busca da felicidade momentânea, rápida.
Agora se houver educação, sujeitos comprometidos com a vida, mais acesso a cultura, laser, saúde, emprego... Será preciso encontrar conforto nas drogas? Não estaríamos caminhando para “um outro mundo possível”?
Claro, isso iria desagradar a muitos poderosos, pois a felicidade não seria mais o corpo perfeito, o carro do ano, a viagem inesquecível... não iria dar lucro a procura pela felicidade. Os ditos modelos de felicidade iriam empobrecer e o povo perceber que estava sendo usado.
O que é a redução da maioridade penal se não uma forma rápida de ‘resolver’ todos os problemas? Será mesmo que ira resolver? Vou continuar insistindo, “o mal deve ser cortado pela raiz”.
Por isso, "livro pra comida, prato pra educação", uma forma rápida de resolver os problemas ao invés de pensar que investimentos é gastos aos cofres públicos. 
A redução da maioridade penal iria valer para todos os seguimentos da sociedade ou os filhos da elite com seu dinheiro sujo acabariam encontrando brechas na lei pra se safar?
Ou podemos continuar com as reflexões que foi pensada pela elite e introjetada nas classes populares que aqueles que não conseguem ascender são incompetentes e vagabundos esquecendo que na lógica capitalista para uns ter outros devem viver sem. Ou tentar lutar para solucionar os problemas geradores de tantos outros. É preciso adubar a terra com nutrientes e não encharcar a planta de agrotóxicos. 

9 de mar. de 2013

É cedo


O que me move é a imensa vontade de amar.
Amar um amor verdadeiro cheio de romantismo.
Nada mais me encanta que um cafuné,
um puxão na barba e um beijo no canto da boca.
Seja meu, assim como quero ser seu.
Eu sei, é cedo. Mas quero que seja pra sempre. 

Douglas Ferreira dos Santos

5 de mar. de 2013

Romantismo gera gentileza

Se eu tiver que abrir mão do romantismo e da gentileza em um relacionamento, prefiro viver sozinho com as minhas poesias até o último suspiro.
Douglas Ferreira dos Santos
 

26 de fev. de 2013

Eu preciso, o mundo precisa.

O mundo precisa de mais romantismo.
Crescer na vida é fácil (na lógica do capitalismo), mas viver de amor não.
O mundo precisa de mais poesias.

Douglas Ferreira dos Santos

14 de fev. de 2013

Trocados

Da-me trocados
pra encher essa barriga vazia
e saciar a fome do faminto
que vomita o nada e a vontade de vencer.
Da-me trocados que troco por nada.

Douglas Ferreira dos Santos

11 de jan. de 2013

Oh neguinha minha!


Oxi neguinha viemos do mesmo lugar
se eu já estava cá e por causa do meu senhô.
Hei de me livra e te livra dessa jornada
vamos ser feliz eu e mais tu.

Nossa negaiada há de ser feliz
vosmecê é a bela das belas
é a princesa dentre as negas
que são belas e cá estão.

Os chicotes, tronco e desavenças
um dia irão acabar, serei prisioneiro
somente do teu seio, do amor
e do aconchego teu.

Todo sangue que nosso povo derramou
será semente
e vida nova há de brotar
e ainda erei de ver, esse mundo se transformar.

Cá me despeço, 
e desejo novamente teus olhos admirar.
Deixo meu cheiro e levo o teu
mas volto pra te buscar.

Douglas Ferreira dos Santos